20 - Encontro Imortal

Casa Wallar

*Recomendado para maiores de 18 anos.

Por Níkara

O tesão está em dominar, subjugar, extrair o proibido...

Muitos sentem um inigualável prazer nessas práticas, consideradas um tabu, mas das quais sou uma ferrenha adepta.

Minha natureza me fez assim, uma predadora que sempre busca o proibido, novos desafios, e naquela noite eu tinha talvez o maior deles.

A presa que tinha em vista era especial e percebi sua energia assim que adentrou a cidade, ela era única, como jamais havia encontrado.

Beber o sangue não é o primordial, para nós, vampiros, o rubro líquido é mais como um fetiche, um indescritivelmente prazeroso fetiche, o que nos alimenta na realidade é a energia da vítima.

Como seria provar a de um imortal?

Boatos acerca dos imortais circulavam há muito tempo e mesmo que nunca tivesse me encontrado com um pude notar seu cheiro, sua energia diferenciada.

A ideia de poder me divertir com um deles me excitava.

Que tipo de energia ele emanaria? Que efeitos provocaria em mim? Qual seria o sabor do seu sangue? Seria ele capaz de resistir aos meus encantos?

Uma presa nova, após tantos séculos, não podia deixar de ser excitante.

O ano de 1900 estava próximo e já com quase duzentos anos de imortalidade estava na hora de experimentar algo novo.

Ele estava na cidade e eu o encontraria naquela noite.

O inverno era rigoroso naquela época do ano, à noite as ruas ficavam ainda mais desertas, mas o importante era que eu já sabia onde encontrá-lo.

Uma ou outra alma perambulava pela Cowgate, que era um dos meus endereços preferidos na capital escocesa.

Ele estava próximo, eu o sentia.

Construções antigas, o lado velho da cidade, repleto de pubs onde as pessoas costumam ir para aquecer o corpo com goles de whisky. Nisso o imortal não foi inovador.

Seu cheiro ficava cada vez mais forte, já podia senti-lo de longe e logo o encontrei, na companhia de um velho carrancudo, sentado ao balcão do The Three Sisters.

Olhei ao redor e logo encontrei uma mesa, me sentei e dela podia vê-lo: grande, sério, lindos cabelos longos e uma barba desalinhada que eu já imaginava roçando em meu pescoço.

Sim, uma maravilha de exemplar, se já não bastasse ser imortal...

Pareciam discutir alguma coisa, não sei ao certo, o pagamento acerca de um trabalho, mas não me importava o motivo que o trouxera até ali, mas sim que ele seria meu.

Não demorou muito e o outro foi embora, visivelmente aborrecido, foi quando o imortal me olhou pela primeira vez, mas sem dar muita atenção. Ele não era fácil e eu gostava daquilo.

Um atendente veio até a mesa, quis anotar meu pedido e ao dizer que nada queria ele pediu que me retirasse. Levantei-me e fui até o balcão, sentando-me bem ao lado do meu alvo, que bebia vodka.

- Ótima noite, não? – cumprimentei.

- Fria, mas agradável. – ele sequer olhou para mim.

Instantes de silêncio.

- Não és daqui, acertei?

- Acertou, e partirei o quanto antes.

- É uma pena, não conhecerás os encantos da cidade.

- Vim a trabalho, a menos que algo me desperte muito a atenção, é uma cidade como qualquer outra.

Seu humor estava péssimo, a conversa com o velho não deve ter sido das melhores.

- Se quiser, posso te mostrar coisas muito interessantes... – toquei sua mão de leve e finalmente ele me encarou. 

Meus olhos se aprofundaram nos dele, o tesão foi imediato e recíproco, senti o cheiro dos hormônios invadindo-lhe o sangue.

O corpo fala, para uma boa observadora palavras são desnecessárias.

- Então me mostre... – ele me disse, sério.

Sequer houve necessidade de conversar, agarrei-o pela mão e o levei até um beco não muito longe dali.

Você conhece algum macho que recuse um convite assim? Até hoje não encontrei nenhum e, ainda que imortal, ele era um macho.

As ruas não estavam totalmente desertas, algumas pessoas seguiam apressadas, mas o beco, já conhecido meu, era bem longo e escuro e dificilmente alguém nos incomodaria.

Encostei na parede fria e úmida e deixei que aquele macho enorme me agarrasse forte e passeasse com sua língua macia pela minha boca. Suas mãos atrevidas já me apalpavam toda e logo estavam dentro da minha blusa.

Seios grandes, aveludados, firmes como os de uma virgem, mamilos pequenos e róseos, quem é capaz de resistir?

Logo ele já os chupava como um bezerro faminto, com força, vontade, tesão... um animal.

Repentinamente ele se afastou, levando a mão à cintura, onde carregava uma adaga.

- Quem és, criatura?

- Creio poder lhe fazer a mesma pergunta. – olhei-o com indiferença.

- Responda, ou abro-te como um porco! – sim, ele estava nervoso.

- Digamos que, mesmo tendo origens diferentes, somos muito semelhantes. – alonguei meus caninos e os exibi sensualmente para ele, passando a língua.

- Uma vampira... acreditava serem apenas lendas...

- És esperto, imortal, mas por que devemos nos incomodar com essas coisas? Só desejo tê-lo, nunca estive com alguém como ti... – levei minha mão até seu sexo e o apertei.

- Até porque és incapaz de me matar, estejas certa disso. – ele mantinha o olhar furioso.

- E não é esse meu desejo, jamais tal ideia me passou pela cabeça. – aproximei-me.

Ele suspirou, ainda sério, como se analisasse a situação, até que agarrou com vontade minha bunda e a apertou.

Minha proposta tinha sido aceita e ele começou a mordiscar meu pescoço, roçando sua barba macia em mim.

Sim, que delícia de imortal, ele sabia usar cada atributo do corpo com maestria, logo começou a chupar minha língua e meus lábios enquanto puxava meus cabelos.

Não demorou muito e percebi que seu sexo já estava fora da calça, ele não se importava, não há frio que faça um garanhão desistir de uma fêmea.

Ele me apertava mais em seu corpo, gemia, esfregava seu pau duro por cima do meu vestido, parecia enlouquecido.

O garanhão imortal fervia, o vapor que subia de seu corpo, contrastando com a baixíssima temperatura, fazia com que parecesse pegar fogo.

Segurando-me pela nuca ele olhou dentro dos meus olhos.

- Se te atreveres a me morder juro que arranco tua cabeça...

- Nem um pouquinho, para poder sentir teu gosto? – fiz uma cara pidona.

- Não mais que isso, vampira... – ele consentiu, voltando a se deliciar com minha boca.

Confesso que era uma experiência diferente de qualquer outra, a energia que dele emanava era incrível, sem igual, e a maestria com que ele conduzia a situação era enlouquecedora.

Comecei a masturbá-lo lentamente, apertando bem forte aquele falo enorme que pulsava na minha mão e não via a hora de colocá-lo na boca.

Ajoelhei-me e passei a chupá-lo como uma louca, mordendo, lambendo, engolindo, enquanto o masturbava freneticamente, com vontade, fazendo ele se tremer todo, e não era de frio...

Baixei-lhe as calças, a bela adaga caiu no chão, ele não se importou, sabíamos que ele poderia me dominar com suas mãos, se assim quisesse.

Enquanto o imortal se deliciava com minha mão eu, como prometido, cravei delicadamente meus dentes em sua coxa e o sangue imortal brotou lentamente.

Não sei se percebeu o que eu fizera, não demonstrou objeção alguma, eu queria apenas experimentar, esse tinha sido nosso trato.

Bebi um pouco de seu sangue milenar e feroz, nutri-me de sua energia peculiar...

Tinha valido a pena esperar tanto tempo, mas já era hora de aproveitar o sexo.

Abocanhei-o mais uma vez e o suguei com tanta força que logo ele gozou, enchendo minha boca com sua porra fervente. Engoli tudo, saciando ainda mais minha sede, já provara tudo o que precisava de um imortal, agora só me faltava o orgasmo.

O cabeludo truculento me pós de pé, ergueu meu vestido, que não era muito longo, se ajoelhou e, por debaixo do vestido, começou a sugar meu clitóris.

Sua experiência era invejável, me tremia toda com o toque daquela língua e daqueles dedos.

Assim que gozei ele me encostou novamente na parede, ergueu meu vestido e, olhando dentro dos meus olhos, me penetrou furiosamente.

Ele era animalesco, parecia querer me rasgar a cada estocada. Incansável, ele me possuía sem pressa, com força, aproveitando cada instante, afinal, eu também era novidade para ele, uma vampira.

Gemia alto num misto de dor e tesão, com aquele olhar lindo, furioso, dentro dos meus olhos.

Olhos imortais que jamais haviam se encontrado, por que esperei tanto tempo para encontra-lo?

A intensidade de seus movimentos aumentou, me enlouquecendo, nosso gozo estava próximo, chegaríamos juntos.

Entre gemidos e grunhidos de prazer, ele se derreteu dentro de mim.

- Era isso que querias, vampira?

- Sim, imortal, me deste bem mais do que eu imaginava.

Ele me beijou novamente, seu desejo parecia nunca ter fim.

Imaginava que seria possuída mais uma vez, mesmo já estando satisfeita sexo nunca é demais, mas ele se afastou e começou a se recompor.

Sabia que não teria outra oportunidade como aquela e queria aproveitar um pouco mais.

- Já vais, imortal?

- Tiveste o que queria, assim como eu, não há mais nada a fazer aqui.

- Homens, imortais, não importa, machos são machos... – retruquei, enraivecida.

- Não fique brava, homens existem aos montes, a rua está cheia de bêbados, caso não esteja satisfeita, procure um deles. - ele riu enquanto apanhava a adaga do chão.

- Os procuraria, se assim o quisesse, mas quis você.

- Sim, e já teve, agora tenho que ir.

Furiosa, dei um salto e alcancei o telhado do prédio.

Para ele eu era apenas mais uma, o fato de eu ser vampira parecia não lhe fazer a menor diferença.

Olhei para baixo e pude ver sua expressão de espanto.

- Foi um prazer, imortal. Talvez nos vejamos em outra ocasião.

- Creio que não, vampira, mas sim, foi um prazer – ele se virou e seguiu para a rua.

Foi a única vez em que fui possuída e o parceiro continuou respirando, mas ele era um imortal e não tinha como ser diferente.

Além do mais, ele fez por merecer.


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